segunda-feira, 12 de março de 2012

13 municípios da PB recebem assistência para produzir no campo

Na região da cidade de Borborema, na Paraíba, 1,2 mil famílias de 13 municípios estão recebendo assistência técnica e extensão rural (Ater). O serviço alcança a população extremamente pobre, com renda mensal per capita de até R$ 70, e integra as ações do Plano Brasil Sem Miséria, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O objetivo é dar a essa população oportunidade para produzir, comercializar produtos, conquistar renda e com isso sair da extrema pobreza. Além de assistência técnica, são distribuídas sementes de feijão, milho e hortaliças e concedido um recurso financeiro de R$ 2,4 mil para investimento na atividade produtiva.

O trabalho específico de Ater, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), parceiro do MDS no Plano Brasil Sem Miséria, consiste em visitas técnicas para identificar as necessidades e potencialidades de cada família. Profissionais multidisciplinares têm formação em agronomia, pedagogia, assistência social e veterinária, entre outros saberes. Inicialmente, o técnico de Ater precisa conhecer em detalhes a família que vai atender.

O acompanhamento pode durar até 15 meses, com oito a dez visitas em média. No primeiro contato, são feitas perguntas sobre os integrantes do grupo familiar, acesso a saúde, educação, aposentadoria e previdência, entre outros direitos, anotações em formulários e checagem de documentação. Tudo para conhecer melhor a família e assim direcionar o trabalho de forma adequada a cada perfil.

O diretor do Departamento de Fomento à Produção e à Estruturação Produtiva do MDS, Marcos Dal Fabbro, explica que o diagnóstico social detalhado visa identificar as necessidades de cada grupo familiar, além de garantir direitos e acesso a políticas públicas. O técnico constrói com a família um projeto de estruturação produtiva, verifica as potencialidades e habilidades, o que a família gosta de fazer, o que conhece, além das condições climáticas e de solo.

A família precisa aderir a esse projeto para receber o recurso financeiro, dividido em três parcelas e usado para organizar a atividade rural, seja na compra de pequenos equipamentos, de animais ou outras necessidades.

Paraíba – O trabalho de Ater que vai beneficiar as 1,2 mil famílias paraibanas começou em janeiro. A empresa responsável pela assistência é a Consulplan Py, que foi selecionada em chamada pública e conta com equipe multidisciplinar de 15 profissionais das áreas agrária e social. De acordo com Marcos Dal Fabbro, quem recebe o técnico pela primeira vez deve observar sua identificação. Se a pessoa se apresentar como técnico do Plano Brasil Sem Miséria, o agricultor pode receber tranquilamente. É uma oportunidade a ser aproveitada com uma boa conversa, para que ao final se desenhe um projeto que mude a vida desse agricultor, elevando-o ao patamar de desenvolvimento de que ele e o país precisam.

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